8 de abr. de 2012

É preciso tão pouco pra viver e ser feliz

Às vezes me pego sendo enrolada na trama da complexidade e da tecnologia. Eu não preciso de um sofá de quatro mil reais. Eu não preciso de uma super cozinha de trocentos mil...Para quê sacrifício para isso??? Nem todos estariam dispostos a uma VIDA SIMPLES, pois já estão tão imersos nas luzes coloridas da ilusão da "civilização" que não conseguem, sequer, se imaginarem com menos. Menos objetos, menos livros, menos roupas, menos dinheiro, menos...Não, não é a apologia do ser pobre é ser feliz, mas sim de ter o suficiente para viver e, principalmente, apreciar a vida.

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Vejo muito isso nos animais. Se estão bem, alimentados, confortáveis, abrigados, estão felizes. Brincam, descansam, relaxam. Nós, perdemos nossas raízes, e em vez de aproveitarmos, nos chafurdamos no trabalho (alguns no crime) para conseguirmos mais e mais, coisas e coisas, ostentar e ostentar. E não foi isso que os grandes mestres ensinaram? Boas reflexões para a Páscoa. Jesus, Buda, Francisco de Assis, a Peregrina da Paz e tantos guias anônimos nos falaram e falam sobre a simplicidade. Por outro lado, aqueles que lucram com a complexidade nos dizem o quanto é tolo e sem sucesso acreditarmos nestas histórias ingênuas.

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Quem, como eu, já teve a oportunidade de ficar dias e dias com uma mochila e muito pouca coisa sabe que não é preciso muito. Esquecemos tudo de "tão precioso" que temos em casa e simplesmente vivemos. Precisamos de nossas habilidades e um certo apoio do grupo, um senso de contemplação e apreciação e é isto! Hoje, me parece, estamos fazendo o contrário. Acumulando coisas e nos distanciando das pessoas. Como animais sociais [sim, animais], nossa sobrevivência e bem-estar são interdependentes dos outros e, em primeiro lugar, da família. Os animais sociais ainda não corrompidos [não humanos] são unidos, em geral, e defendem a sua família literalmente com unhas e dentes. E nós? Nós abandonamos a família e somos polidamente educados visitando uma ou duas vezes ao ano [quando muito], sem grandes contatos entre estes dois períodos. Os laços se rompem, as ligações que não são fortalecidas viram mera formallidade: "Tudo bem? Tudo bem".
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É preciso tão pouco para ser feliz: o suficiente para viver, capacidade de usufruir a contemplação e amorosidade. Para quê tanta complicação? Desfazer-se das amarras, menos apego, mais prazer na vida cotidiana, menos velocidade e, talez, por que não, mais contato com o animal interior.

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Sugestão: ver o filme INSTINTO.

6 comentários:

  1. Lindo amiga, inspiração pura.
    Sabes que moro na "mansão" e, depois que a mãe partiu, entreguei a parte de cima todinha da mansão para os gatos, pra mim restou um quarto (pequeno) aqui embaixo onde durmo com cinco cusquinhas e às vezes algum dos gatos "de baixo" se atreve deitar também. Sou muito feliz e pensei nisso hoje pela manhã quando abri as janelas da parte de cima e o sol inundou tudo. Entreguei para os gatos, que não têm liberdade para passear, a melhor parte da casa pois no andar de baixo é mais escuro e frio (prédios ao redor).
    Nunca saí de mochila, mas tive minha fase nos anos 80 de andar por todos os festivais de música nativista no RS. Minha fase gaudéria.
    Simplicidade com conforto sem paranoia, ainda mais aqui com "trocentos" quatro patas...
    Ótima semana.
    Beth

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    1. Esse remedinho homeopático tá mexendo muito comigo, mas positivamente. Quanto mais eu simplifico, mais feliz eu sou.

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  2. Cris, se nos déssemos conta de quão inúteis são essas coisas que acumulamos ao longo dos anos, seríamos muito, mas muito mais felizes! Compartilho das tuas ideias!
    Grande abraço!

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    1. É, e inúteis para nós e úteis para outros, quem sabe? A energia, o dinheiro e as posses têm que fluir.

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  3. Depois que eu conheci o pessoal que protege animais aqui em Joinville comecei a doar tudo que não usava e até mesmo coisas que eu sempre gostei muito mas que poderiam ajudar a arrecadar mais dinheiro para os animais abandonados. Não vale a pena acumular ou trabalhar e se endividar para ter coisas supérfluas! Eu posso dizer que tenho muito mais do que necessito e até do que eu imaginei. O meu problema é viver com um marido super vaidoso...
    Beijos
    Laís

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