4 de abr. de 2015

Atualizando: Klaus

Em um ataque de loucura (só pode ser), inspirei, orei e fui atrás do Klaus, com uma coleira improvisada em uma mão (uma alça de bolsa) e uns grãos de ração na outra.
Esperei o povo que fica na pracinha da frente sair, pois 22h todo mundo se recolhe (o silêncio, à noite, é respeitado aqui) e fui andar pelo condomínio, como quem quer pegar um ar.
Um probleminha é que, supostamente, não é para alimentar cachorros que abandonam aqui, mas como sou moradora nova, posso me fazer de boba, né?
Klaus já não estava na pracinha, ele seguiu umas meninas. Realmente ele deve ter sido de uma família que tinha crianças ou jovem e mulheres. Um pouco adiante encontrei e tentei fazer com que ele fosse comendo os grãos de ração e me seguindo. Coitado, está bastante assustando, me seguiu de volta à pracinha, mas não passou dali. Quando encontrou o banco onde as moças que ele estava seguindo sentaram, farejou e foi atrás do rastro. 
Eu, de coleira-alça-de-bolsa na mão, olhei umas duas vezes para trás, para ver se ele me seguia, mas nada.
A sensação foi quase a mesma de quando eu ia doar a Benta pequeninha. Uma mistura de alívio com muita frustração e tristeza. 
Subi as escadas já de lágrimas nos olhos. Está nublando e tenho medo do que possam fazer a ele. Dói. Ao mesmo tempo, fico pensando que as coisas se encaminham para o melhor, pois sei lá como ele e as peludas iam reagir.
Será que todo mundo que gosta de animais a este ponto é coração e miolo mole assim?
Que raiva de não ter mais coragem, de não ter mais espaço, de não ter um sítio, de não ter um carro, de sei-lá-mais-o-quê!


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